sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Educação com Tecnologia


1.      Introdução
Muitas são as discussões a respeito da informática na educação, mas poucas são as conclusões que favoreçam a educação informatizada.
A tecnologia avança a cada dia, mas a educação no país não acompanha esse avanço. São poucas as escolas que tem em sua grade curricular a informática como uma disciplina tão importante quanto qualquer outra, a maioria delas são escolas privadas, as escolas públicas representam um grande atraso neste assunto.
Vários aspectos levam a educação pública ser tão atrasada, a começar pelos gastos com computadores, software educacional e profissionais especializados, outro aspecto, embora sem sentido, é que alguns educadores acreditam que com o uso da informática o “papel” do professor ficará ultrapassado, tudo isso causa insegurança nos professores, que num primeiro momento temem sua substituição por máquinas e programas capazes de cumprir o papel antes reservado para o ser humano,  sem se dar conta que aí esta a grande “virada” na educação, pode-se interagir com o aluno a respeito do uso da informática, lhes ensinando o bom uso, as facilidades  de pesquisar e, com isso, buscar conhecimento através da informática, seguindo esse mesmo caminho  lhes ensinar os perigos, e os danos que  podem ser causados com o mau uso.
Dados do MEC (Ministério da educação) mostram que ao menos uma escola de cada um dos 5.562 municípios foi beneficiada por 19 mil laboratórios criados em 2009. Pelos números não é preciso dizer que é pouco, mas já é um passo.

2.      Evolução da Educação no Brasil
Não se pode falar em educação com tecnologia sem antes entender como a educação começou, o que foi feito, como foi feito e os principais avanços. Hoje se vive uma era totalmente informatizada onde a tecnologia ganha espaço em todas as áreas, mas a educação não acompanha esse avanço, com a mesma velocidade em que a tecnologia avança, por vários motivos, dentre eles a falta de infra-estrutura das escolas, falta de computadores e, principalmente profissionais que “abracem” com otimismo a ideia de que a mudança, além de necessária, é produtiva para a educação.
A educação no Brasil tem tido evoluções e retrocessos marcantes em nossa história desde o descobrimento, mas o grande marco acontece com a chegada dos Portugueses que trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, ao chegar no Brasil encontraram um povo de cultura e hábitos próprios, os índios. Mas estes tinham seu próprio modelo de educação, mas não possuíam métodos pedagógicos.Houve uma mudança significativa com a chegada dos jesuítas que trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade européia e os métodos pedagógicos, estes métodos funcionaram durante 210 anos, de 1549 a 1759. Em 1760 Marquês de Pombal, alegando conspiração contra o reino Português, expulsou os jesuítas do Brasil confiscando os bens da ordem, com isso houve uma nova ruptura na educação do Brasil, perde-se com a expulsão dos jesuítas uma boa estrutura educacional, até então construída, mas ganha uma educação livre.Marques de Pombal criou aulas régias de latim, grega e retórica, cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e um não se articulava com os outros.
 A educação ficou estagnada, para tentar resolver este problema, foi instituído o “subsidio literário” para a manutenção dos ensinos primários e médio, criado em 1772. Era uma taxação ou imposto, que incidia sobre a carne verde (carne fresca, ou seja, carne que não era salgada ou defumada), o vinho, o vinagre e a aguardente. Alem de insuficiente, não era cobrado com regularidade e os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos. Os professores eram mal preparados, já que eram improvisados e mal pagos. Esta situação de “desastre” perdurou até a chegada da família real, fugindo de Napoleão na Europa. Mais uma vez a história da educação muda, desta vez para melhor. Dom João VI abriu academias militares, escolas de Direito, de Medicina, a biblioteca Real, o jardim botânico e a impressa Régia.No período Imperial (1821-1888), dois após D. Pedro I declarar a independência do Brasil ( 7 de Setembro de 19822), foi outorgada a primeira constituição do Brasil em 1824. O artigo 179 desta lei magna dizia que a “instrução primária é gratuita para todos os cidadãos”. Em 1823 institui-se o método Lancaster ou “ensino mútuo”, onde um aluno treinado (decurião) ensina um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor. Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias ( escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias.Em 1835 é criada a primeira escola normal do país, em Niterói, dois anos mais tarde, em 1837 é criado o colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário, mas tal objetivo não foi atingindo.
No período da primeira República (1889-1929) é adotado o modelo político americano baseado no sistema presidencialista. Foi um período marcado por várias reformas e movimentos. Em 1901, o código Epitácio Pessoa, inclui a lógica entre as matérias, mas retira a Biologia, a Sociologia e a Moral, pondo com isso, a parte científica acima da literária.
A reforma Rivadária Correa, de 1911, pretendeu que o curso secundário se tornasse formador de cidadão e não como simples promotor de um nível seguinte. Retomando a orientação positivista, pregava a liberdade de ensino. A reforma de Carlos Maximiliano, em 1915, nasce por ser contra a reforma anterior e reoficializa o ensino no Brasil.
A Reforma de João Luiz Alves introduz a cadeira de Moral e Cívica, não por achar importante para a Educação, mas sim, para tentar combater os protestos estudantis contra o Governo.
A revolução de 30 (período da segunda República 1930-1936) foi um grande salto para que o Brasil entrasse no mundo capitalista de produção, com isso, passou a exigir mão-de-obra especializada e, para isso era preciso investir na Educação, sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos organizando o ensino secundário e as Universidades Brasileiras ainda inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como a “Reforma Francisco Campos”.

- O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a funcionar em 1934). 

- O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil e adota o regime Universitário.
- O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro.

- O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino secundário. 

- O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de Contador e dá outras providências.

- O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o ensino secundário.

Em 1934 a nova Constituição (a segunda da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos. Em 1935 é criada a Universidade do Distrito Federal com uma faculdade de Educação na qual se situava o Instituto de Educação.
Já no Estado Novo (1937-1945) é outorgada uma nova Constituição que enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Por outro lado propõe que o ensino seja livre a iniciativa individual e à associação ou pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da Educação. É uma época onde se tem uma distinção entre o trabalho intelectual para as classes mais favorecidas e o trabalho manual, enfatizando ensino profissional, para as classes mais desfavorecidas. Neste período, o ensino ficou composto por cinco anos de curso primário e três de colegial, podendo ser na modalidade clássico ou cientifico.

Depois do golpe militar de 1964 muito educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram a vida privada e outros, demitidos, trocaram de função. O Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que estudar" e "não podem fazer baderna".

Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o vestibular classificatório.  Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL. Aproveitando-se, em sua didática, no expurgado Método Paulo Freire, o MOBRAL propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... não conseguiu. É no período mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos "slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande", "ame-o ou deixe-o", "milagre econômico". Já no período da abertura política, em 1986, as discussões sobre educação deixaram de ter valor pedagógico e passaram a ter valor político. [José Luiz de Paiva Bello 2001].
3.  A educação e a tecnologia
Dentre todos os problemas enfrentados na área, tem-se tentado dar um passo à frente. A Educação hoje vive um novo momento, e com isso, vem sendo criados programas para acompanhar esse novo caminho. O Programa Um Computador por Aluno – PROUCA tem como objetivo ser um projeto educacional utilizando tecnologia, inclusão digital e adensamento da cadeia produtiva comercial no Brasil.
Aproximadamente 300 escolas públicas já selecionadas nos Estados e Municípios receberam 150.000 laptops. Cada escola receberá os laptops para alunos e professores, infraestrutura para acesso à internet, capacitação de gestores e professores no uso da tecnologia. Tem também o projeto UCA Total, onde será escolhido seis Municípios brasileiros que terão todas as escolas informatizadas. Para atender esse projeto foi criado o GTUCA- Grupo de trabalho do Programa UCA. O grupo é formado por especialistas no uso de TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) na educação. O ano de 2010 se inicia com a conclusão do processo de licitação para a compra dos equipamentos, iniciado em dezembro de 2008. A vencedora do pregão foi a CCE, que aceitou oferecer os laptops a um custo unitário de cerca de R$ 550,00.
Para receber os computadores, as escolas devem passar por uma adequação na infra-estrutura e, o mais importante, pela formação dos professores. Para isso, o GTUCA elaborou um plano de formação que contará com o apoio das Instituições de Ensino Superior e dos Núcleos de Tecnologia Educacional dos Estados e Municípios (NTE/NTM). As IES também serão responsáveis pela pesquisa relacionada ao uso dos equipamentos durante a fase piloto.


   Figura 1. Laptop do projeto UCA.  
O equipamento possui as seguintes características:
·                    Tela de cristal líquido de sete polegadas;
·                    Capacidade de armazenamento de 4 gigabytes;
·                    512 megabytes de memória;
·                    Bateria com autonomia mínima de três horas;
·                    Peso de 1, 5 kg.
3.1 Critérios utilizados para a escolha das escolas
A definição das cerca de 300 escolas públicas que participam do Piloto do Projeto "PROUCA" coube às Secretarias de Educação Estadual ou Municipal dos estados e à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME). Todos os estados selecionaram escolas da rede pública da Rede Estadual e Municipal de ensino nos municípios indicados. Dentre estes, seis foram selecionados como UCA Total, onde todas as escolas são atendidas pelo programa.
Cada escola deverá ter entorno de 500 (quinhentos) alunos e professores;
As escolas deveriam possuir, obrigatoriamente, energia elétrica para carregamento dos laptops e armários para armazenamento dos equipamentos;
Preferencialmente, deveriam ser pré-selecionadas escolas com proximidade a Núcleos de Tecnologias Educacionais - NTE - ou similares, Instituições de Educação Superior pública ou Escolas Técnicas Federais. Pelo menos uma das escolas deverá estar localizada na capital do estado e uma na zona rural;
As Secretarias de Educação Estaduais ou Municipais de cada uma das escolas selecionadas deverão aderir ao projeto através do envio de ofício ao MEC (Ministério da Educação) e assinatura de Termo de Adesão, no qual manifesta-se solidariamente responsável e comprometida com o projeto.
Para cada escola indicada, a Secretaria de Educação Estadual ou Municipal deverá enviar ao MEC um ofício, onde o (a) diretor(a) da escola, com a anuência do corpo docente, aprova a participação da escola no projeto [MEC, Ministério da Edução].
4. O Computador e a Educação
Embora sejamos favoráveis a ideia de informatizar escolas trazendo uma forma moderna na área educacional, não podemos afirmar que a utilização de computadores atingirá todos os objetivos educacionais. Algumas formas se adaptam melhor a certos objetivos educacionais, outras podem ser mais bem aplicadas em outras finalidades pedagógicas. Existe também a preocupação dos professores de que o computador os afaste dos alunos, e que este, afaste os alunos da leitura.
A preocupação dos professores de serem trocados por máquinas é grande e tem sentido segundo o que escreveu o autor John Herriott em um artigo publicado em Creative computing de abril de 1982 (p.80):
 Há uma possibilidade bastante acentuada  de que antes do final deste século os estudantes venham a receber toda a sua instrução através de computadores, sem  absolutamente nenhum contado com seres   humanos vivos.
O autor Clive Sinclair compartilha da mesma ideia de Herriot em um artigo        publicado em Computing Today, Janeiro de 1983(p.20) o autor escreveu:
Chegará o dia em que os computadores ensinarão melhor do que seres humanos, porque computadores podem ser bem mais pacientes e bastante ajustados às diferenças individuais.
Com afirmações tão pessimistas acabou prejudicando aqueles que procuram a melhor maneira de introduzir computadores na educação sem prejudicá-la e com isso gerando uma polêmica entre aqueles que acreditam na ideia de que o computador só vai acrescentar no ensino e entre aqueles que acreditam que prejudicará e não trará benefício algum para o ensino que por si só já enfrenta problemas.
Há críticas de quem acredita que o computador possa ter efeitos bastante positivos sobre o processo educacional, mas questionam sua introdução na educação alegando que na situação em que o ensino se encontra e num país nas condições em que o Brasil está o uso do computador não deve ser prioritário ignorando assim os benefícios que que o computador pode trazer pra área.
O uso da linguagem de programação surge na educação, portanto, com intuito de ajudar no processo de aquisição do conhecimento, como citado por LITWIN(1997):
“As linguagens de programação são incorporadas como conteúdo de ensino no laboratório de informática, por que são consideradas uma ferramenta que permite ajudar a melhorar o pensamento e acelerar se desenvolvimento cognitivo, existem numerosos estudos e pesquisas que em geral, concluem que as crianças podem adquirir habilidades especificas no raciocínio lógico e de solução de problemas depois de tê-lo utilizada.” LITWIN (Pg. 89, 1997).
Não podemos ignorar que a maioria das escolas brasileiras tem instalações inadequadas, não tem recursos para material de consumo e para o mais elementar material didático. Assim sendo, é possível compreender o sentimento do mal pago e sobrecarregado professor que, não tendo condições materiais mínimas para o essencial de seu trabalho pedagógico, reage negativamente quando vê, de repente, a ameaça - é assim que ele sente - de que, em primeiro lugar, os minguados recursos de que a educação dispõe venham a ser desviados para a aquisição e manutenção de caros equipamentos; e, em segundo lugar, ele venha a ter que investir um pouco de seu já escasso tempo em aprender a lidar com o computador!
Mas a crítica, freqüentemente, vai muito além de um mero sentimento de frustração, e se torna um questionamento das prioridades da política social e educacional brasileira. Portanto, afirmam os defensores da educação informatizada, junto com a reivindicação de recursos para mais escolas, para um maior número de professores, e para melhores condições de trabalho para os professores e de vida e estudo para os alunos.
Há também aqueles que acreditam que o uso de computadores não fará diferença alguma nas escolas[Eduardo O C Chaves, 1999].
4.1 Como utilizar o computador na Educação
Além de discutir, em princípio, as vantagens e os benefícios da introdução de microcomputadores na educação, é necessário indicar algumas das maneiras em que o microcomputador pode auxiliar o processo pedagógico:
 - Instrução Programada;
 - Simulações e Jogos;
- Aprendizagem por Descoberta;
 - Pacotes Aplicativos.
Instrução programada é um método de instrução através do qual o microcomputador é realmente colocado na posição de quem ensina ao aluno.
Esta é a forma mais difundida de utilização do microcomputador na educação. É usada em escolas, em educação industrial e treinamento empresarial, na formação militar, e em várias outras instituições que possuem objetivos educacionais. Os que adotam essa forma de utilização do microcomputador na educação o vêem, basicamente, com um recurso ou auxilio instrucional que facilita o atingimento de certos objetivos educacionais tradicionais, através de métodos também fundamentalmente convencionais. Em escolas, essa abordagem freqüentemente resulta na utilização do microcomputador virtualmente como uma máquina de ensinar, ou como um sofisticado equipamento audiovisual que ensina fatos, conceitos ou habilidades aos alunos, dentro do contexto curricular regular da escola.
Uma simulação de jogos é um modelo, é algo que pretende imitar um sistema, real ou imaginário, com base em uma teoria da operação daquele sistema que o simulador tem em mente. Hoje em dia, microcomputadores já têm a capacidade de simular sistemas razoavelmente complexos. Eles podem ser programados para responder a determinadas intervenções de maneiras realísticas e, sem dúvida, podem processar quantidades significativas de dados.Consequentemente, simulações pedagogicamente relevantes podem ser programadas de maneira a envolver grande complexidade e realismo e, dessa forma, gerar considerável interesse. É verdade que simulações não podem nem devem substituir o contato direto com os fenômenos naturais nem o trabalho no laboratório. Jogos pedagógicos distinguem-se de outros tipos de jogos basicamente pelo seu objetivo, seu alvo explícito é promover a aprendizagem.
Já na aprendizagem por descoberta (Refere-se às metodologias de organização do processo de ensino-aprendizagem para facilitar que o aluno descubra os conceitos e princípios atrás de um fenômeno observado. Trata-se de uma forma de aprendizagem experiencial, podendo, ou não, incorporar a filosofia do construtivismo) pode-se usar vários artifícios, mas aqui o foco é a informática então vamos às linguagens de programação voltadas para área da educação. Há, hoje em dia, várias linguagens de programação voltadas para a área da educação. Dessas, a mais antiga e mais famosa é LOGO e a linguagem Scratch inspirada na linguagem LOGO .
LOGO também é aquela que mais ênfase dá à aprendizagem, na verdade, à auto-aprendizagem.  A filosofia da educação que a fundamenta parte da ideia de que nem tudo que a criança aprende parte da educação formal, aquela em alguém a ensina fazer desde a desenhar, fazer contas, reconhecer letras, enfim, essa filosofia avalia a auto-aprendizagem, partindo da ideia de que aquilo que a criança aprende criando, praticando, descobrindo alem de construir uma aprendizagem significativa, é retida por muito mais tempo. É esse tipo de aprendizagem que a filosofia da educação LOGO pretende que seja incentivado e desenvolvido com a ajuda da linguagem de programação LOGO [Eduardo O C Chaves, 1999].
                                                       

                                   Figura 2. Gráfico produzido com um "tartaruga" Logo.
Já a linguagem Scratch é um ambiente de programação simples desenvolvida pelo Lifelong Kindergarten research group no MIT inspirada na linguagem LOGO. É recomendada para ser utilizada por jovens ou principiantes que querem iniciar o estudo sobre programação. Além disso, foi desenvolvido para crianças a partir dos oito anos criarem seus próprios games e animações, e compartilhá-los na web, muito utilizado, também, no aprendizado de conceitos matemáticos e computacionais.
A linguagem permite criar uma grande variedade de atividades (jogos, conteúdo interativo, músicas, dança, arte…). Não é preciso digitar código para programar com Scratch, eliminando assim, os erros de sintaxe. Os programas desenvolvidos podem ser compartilhados na Web. A linguagem é gratuita e disponível em português.
Por fim vejamos algo do uso, em contextos educacionais, de pacotes aplicativos genéricos, como processadores de texto, gerenciadores de bancos de dados, planilhas eletrônicas. Normalmente, não se considera o uso desses aplicativos como tendo importante significado pedagógico. Contudo, muitos educadores e muitas escolas têm concluído que seu uso não só é uma maneira interessante e útil de introduzir os alunos ao computador, como é um excelente recurso para prepará-los para o uso regular do computador em suas vidas. Mas essas ferramentas, ao mesmo tempo em que auxilia,  também preocupa os profissionais da área, pois com as facilidades que essas ferramentas proporcionam ao aluno também, de certa forma gera o comodismo, já que o aluno não tem tanta preocupação com a escrita, uma vez que os editores de texto fazem a correção, os alunos também não se preocupam em fazer uma pesquisa e assim formar sua opinião sobre o assunto pedido pelo professor optam pelo ctrl+c e ctrl+c os famosos copia e cola. Por isso muitos profissionais exigem dos alunos trabalhos escritos a mão para ter certeza de que, no mínimo, o aluno leu o que copiou, mas com isso não é difícil de analisar o fato de que é possível driblar o comodismo e usar o que se tem a seu favor.
5. Conclusão
Embora tenhamos avanços na área educacional ainda temos muito que caminhar.
Não é difícil entender porque alguns profissionais questionam tanto uma educação informatizada. Nosso país nunca foi um exemplo na área da educação e, cá entre nós, esta longe de ser. Não acredito no futuro de um país onde não se tem educação, onde pessoas recebem misérias do governo para poder comer, não acredito no futuro de um país onde a educação é discutida só em épocas de campanha, mas que na prática não se vê resultados. As questões educacionais só são discutidas em épocas de campanha, aonde o assunto só serve para agradar eleitores. Se a educação fosse levada a sério e tida como um assunto de suma importância como realmente é, teríamos uma educação de qualidade em todas as áreas.
Hoje, números nos mostram que 36% da população tem o Ensino Fundamental incompleto, 23% da população tem o Ensino Médio completo e, apenas 10% da população tem Ensino Superior Completo. Por isso é tão difícil informatizar as escolas, pois o ensino básico ainda enfrenta problemas. É devido a esses números que muitos se retraem e não apóiam uma educação moderna, já que a básica enfrenta problemas, mas se acreditarmos e investirmos, tenho certeza de que esses números vão mudar, se deixarmos de lado a falta de ânimo a acreditarmos mais no que realmente é importante teremos uma vitória na área da educação e, com isso, um futuro melhor.
“Um País é feito de homens e livros” (Monteiro Lobato).
6. Bibliografia
Algol. O que é logo?(1999). Disponível em: . Acesso em 19 de outubro de 2010.
 BELLO, José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas.     
 Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, (2001).Disponível em: , acesso em 25 de Agosto de 2010.
MEC. Um computador por aluno UCA (2010). Disponível em:            
 . Acesso em: 1 de outubro de 2010.
Revista Renote. 
Novas Tecnologias na Educação. Disponível em: 


http://seer.ufrgs.br/RENOTE  Acesso em: 3 de outubro de 2010.











sábado, 22 de janeiro de 2011

URL e link!

    
   Outro dia entrei em um site e li a seguinte frase " meu Deus, agora tenho que saber o que é URL para poder navegar na internet?" a pessoa escreveu, escreveu e terminou assim " você sabe o que é URL? Como vou saber o que é uma URL?". Na verdade , esta pessoa tem razão de estar, digamos, indignada, mesmo porque, nao está escrito nos sites o que é URL, não é mesmo?
    URL é uma sigla que significa Universal Resource Locator. Em português, Localizador Universal de Recursos.
    Não disse muito eu sei, vamos ao que interessa então!
    É o endereço de um recurso(um arquivo, uma impressora etc.). Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/caminho/recurso. O protocolo poderá ser HTTP,FTP, entre outros.
    Por exemplo,  você está no msn com um amigo(a) e quer mostrar uma comunidade interessante que encontrou no orkut, ao invés de você escrever: "entra no orkut "tal" e olha comunidade "tal"", você vai mandar o famoso "link", copiar no navegador e colar no msn e o amigo(a) vai ir direto nela sem ficar "passeando" pelas comunidades que podem ter varias com o mesmo nome. Pois bem,  isso nada mais é do que a famosa URL.
    Falando em link, uns dizem que link e URL são a mesma coisa, na minha humilde opinião não! Já que URL é o endereço da página (no exemplo citado aqui) em si e link é o que o leva até ela.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O que as siglas nos dizem?

     No mundo informatizado em que vivemos é normal utilizar algo na internet sem saber ao certo o que é, usamos porque é assim que se usa, mas quando se precisa saber por que estamos utilizando o que a gente faz?
    Pois bem, estamos acostumados a entrar e sair de sites, fazer pesquisas na internet, procurar sites de compras e etc.. Para isso, na maioria dos casos, digitamos o famoso “WWW.nomedapagina.com.br que na barra de endereços fica: http://www.nomedapagina.com.br. Vamos decifrar um por um então.
HTTP ( Hypertext transfer protocol):  significa “protocolo de transferência de hipertexto”, este é o padrão adotado para transferir dados de hipertexto na rede mundial de computadores.
    Mas existem outras siglas como FTP (file transfer protocol). “Protocolo de transferência de arquivos”, que significa transferência de  arquivos de um computador para outro, entre outras, sendo estas as mais comuns.
WWW ( World Wide Web ): “rede mundial” criado para distribuir mundialmente informações em hipertexto.
Com: É a sigla utilizada para indicar o tipo da organização que tem o site (domínio, nome ou marca da instituição que o mantém). No caso “com” significa que é uma organização comercial. Exemplos de outras siglas:
·         Edu: entidades educacionais;
·         Org: organização não lucrativa;
·         Gov: governamental.
BR: É a identificação do país ao qual o domínio pertence, no caso “BR” significa que o site tem seu domínio no Brasil.  Exemplos de outras siglas: frança é “fr”; Argentina é “ar” e  por aí vai.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A primeira programadora!

    Bem vou começar contando uma história. Primeiro lugar sou mulher, claro! Quando entrei na faculdade no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, levei um susto. Na época a minha turma tinha 50 alunos aproximadamente, desses 50 alunos 4 eram mulheres e eu sou uma delas. Pois bem, no início falava-se da dificuldade do curso e quão grande era o número de desistências, o que de fato ocorreu. De 50 alunos, onde mal tinhamos lugar na sala, hoje se tem 32 alunos tem muito. Grande o número de desistências, não? Há, e as mulheres? Bem, essas seguem no curso e muito bem aprovadas, obrigada!
     Mas esses assuntos surgiam, porque até entao informática era "dominada por homens".

     Meus caros amigos "meninos" leiam mais sobre aquilo que estudam, voltem no tempo além de "Bill Gates" a informática existiu antes dele.
  
    O primeiro programador era, de fato, uma mulher! Seu nome era Ada loverlace. Seu primeiro nome lembra alguma coisa caro programador? Ela nasceu em 1815, em Londres. Ada loverlace criou um programa que seria usado na máquina analítica de Charles Babbage, durante este projeto ela desenvolveu os algoritimos que permitiam a máquina computar os valores de funções matemáticas além de publicar uma coleção de notas sobre a máquina analítica. Mais uma vez a mulher mostra ao mundo a que veio!
      
     A nossa amiga Ada loverlace desenvolveu um algoritimo para um computador que se sequer existia, era apenas um projeto(importante para a informática) mas, caro de Charles Babbage e nunca foi construído. Mas construído ou não o algoritimo estava pronto para ser usado caso o computador fosse, de fato construído e,  isso é o mais importante.
Em 1980, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou uma linguagem e chamou-a Ada, em homenagem a programadora. Nada mais justo dar mérito a quem realmente merece.

Como utilizar o computador na Educação

     Além de discutir, em princípio, as vantagens e os benefícios da introdução de microcomputadores na educação, é necessário indicar algumas das maneiras em que o microcomputador pode auxiliar o processo pedagógico:
 - Instrução Programada;
 - Simulações e Jogos;
  - Aprendizagem por Descoberta;
 - Pacotes Aplicativos.
     Instrução programada é um método de instrução através do qual o microcomputador é realmente colocado na posição de quem ensina ao aluno. Esta é a forma mais difundida de utilização do microcomputador na educação.  É usada em escolas, em educação industrial e treinamento empresarial, na formação militar, e em várias outras instituições que possuem objetivos educacionais.  Os que adotam essa forma de utilização do microcomputador na educação o vêem, basicamente, com um recurso ou auxilio instrucional que facilita o atingimento de certos objetivos educacionais tradicionais, através de métodos também fundamentalmente convencionais. Em escolas, essa abordagem freqüentemente resulta na utilização do microcomputador virtualmente como uma máquina de ensinar, ou como um sofisticado equipamento audiovisual que ensina fatos, conceitos ou habilidades aos alunos, dentro do contexto curricular regular da escola. 
      Uma simulação de jogos é um modelo, é algo que pretende imitar um sistema, real ou imaginário, com base em uma teoria da operação daquele sistema que o simulador tem em mente.  Hoje em dia, microcomputadores já têm a capacidade de simular sistemas razoavelmente complexos.  Eles podem ser programados para responder a determinadas intervenções de maneiras realísticas e, sem dúvida, podem processar quantidades significativas de dados.Consequentemente, simulações pedagogicamente relevantes podem ser programadas de maneira a envolver grande complexidade e realismo e, dessa forma, gerar considerável interesse. É verdade que simulações não podem nem devem substituir o contato direto com os fenômenos naturais nem o trabalho no laboratório. Jogos pedagógicos distinguem-se de outros tipos de jogos basicamente pelo seu objetivo, seu alvo explícito é promover a aprendizagem.
     Já na aprendizagem por descoberta (Refere-se às metodologias de organização do processo de ensino-aprendizagem para facilitar que o aluno descubra os conceitos e princípios atrás de um fenômeno observado. Trata-se de uma forma de aprendizagem experiencial, podendo, ou não, incorporar a filosofia do construtivismo) pode-se usar vários artifícios, mas aqui o foco é a informática então vamos às linguagens de programação voltadas para área da educação. Há, hoje em dia, várias linguagens de programação voltadas para a área da educação. Dessas, a mais antiga e mais famosa é LOGO e a linguagem Scratch inspirada na linguagem LOGO .

Informática na Educação

     Embora tenhamos avanços na área educacional ainda temos muito que caminhar. Não é difícil entender porque alguns profissionais questionam tanto uma educação informatizada.  Nosso país nunca foi um exemplo na área da educação e, cá entre nós, esta longe de ser.         
     Não acredito no futuro de um país onde não se tem educação, onde pessoas recebem misérias do governo para poder comer, não acredito no futuro de um país onde a educação é discutida só em épocas de campanha, mas que na prática não se vê resultados.  As questões educacionais só são discutidas em épocas de campanha, aonde o assunto só serve para agradar eleitores. 
     Se a educação fosse levada a sério e tida como um assunto de suma importância como realmente é, teríamos uma educação de qualidade em todas as áreas. Hoje, números nos mostram que 36% da população tem o Ensino Fundamental incompleto, 23% da população tem o Ensino Médio completo e, apenas 10% da população tem Ensino Superior Completo.  Por isso é tão difícil informatizar as escolas, pois o ensino básico ainda enfrenta problemas.  É devido a esses números que muitos se retraem e não apóiam uma educação moderna, já que a básica enfrenta problemas, mas se acreditarmos e investirmos, tenho certeza de que esses números vão mudar, se deixarmos de lado a falta de ânimo a acreditarmos mais no que realmente é importante teremos uma vitória na área da educação e, com isso, um futuro melhor.
“Um País é feito de homens e livros” (Monteiro Lobato).

           "É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros" ( Bill Gates ).