1. Introdução
Muitas são as
discussões a respeito da informática na educação, mas poucas são as conclusões
que favoreçam a educação informatizada.
A tecnologia avança a
cada dia, mas a educação no país não acompanha esse avanço. São poucas as
escolas que tem em sua grade curricular a informática como uma disciplina tão
importante quanto qualquer outra, a maioria delas são escolas privadas, as
escolas públicas representam um grande atraso neste assunto.
Vários aspectos levam
a educação pública ser tão atrasada, a começar pelos gastos com computadores, software
educacional e profissionais especializados, outro aspecto, embora sem sentido, é
que alguns educadores acreditam que com o uso da informática o “papel” do
professor ficará ultrapassado, tudo isso causa insegurança nos professores, que
num primeiro momento temem sua substituição por máquinas e programas capazes de
cumprir o papel antes reservado para o ser humano, sem se dar conta que aí esta a grande
“virada” na educação, pode-se interagir com o aluno a respeito do uso da
informática, lhes ensinando o bom uso, as facilidades de pesquisar e, com isso, buscar conhecimento
através da informática, seguindo esse mesmo caminho lhes ensinar os perigos, e os danos que podem ser causados com o mau uso.
Dados do MEC
(Ministério da educação) mostram que ao menos uma
escola de cada um dos 5.562 municípios foi beneficiada por 19 mil laboratórios criados
em 2009. Pelos números não é preciso dizer que é pouco, mas já é um passo.
2.
Evolução da Educação no Brasil
Não se pode falar em educação com tecnologia sem
antes entender como a educação começou, o que foi feito, como foi feito e os
principais avanços. Hoje se vive uma era totalmente informatizada onde a
tecnologia ganha espaço em todas as áreas, mas a educação não acompanha esse
avanço, com a mesma velocidade em que a tecnologia avança, por vários motivos,
dentre eles a falta de infra-estrutura das escolas, falta de computadores e,
principalmente profissionais que “abracem” com otimismo a ideia de que a
mudança, além de necessária, é produtiva para a educação.
A educação no Brasil tem tido evoluções e retrocessos
marcantes em nossa história desde o descobrimento, mas o grande marco acontece
com a chegada dos Portugueses que trouxeram um padrão de educação próprio da
Europa, ao chegar no Brasil encontraram um povo de cultura e hábitos próprios,
os índios. Mas estes tinham seu próprio modelo de educação, mas não possuíam
métodos pedagógicos.Houve uma mudança significativa com a chegada dos jesuítas
que trouxeram a moral, os costumes, a religiosidade européia e os métodos
pedagógicos, estes métodos funcionaram durante 210 anos, de 1549 a 1759. Em
1760 Marquês de Pombal, alegando conspiração contra o reino Português, expulsou
os jesuítas do Brasil confiscando os bens da ordem, com isso houve uma nova
ruptura na educação do Brasil, perde-se com a expulsão dos jesuítas uma boa
estrutura educacional, até então construída, mas ganha uma educação livre.Marques
de Pombal criou aulas régias de latim, grega e retórica, cada aula régia era
autônoma e isolada, com professor único e um não se articulava com os outros.
A educação ficou
estagnada, para tentar resolver este problema, foi instituído o “subsidio
literário” para a manutenção dos ensinos primários e médio, criado em 1772. Era
uma taxação ou imposto, que incidia sobre a carne verde (carne fresca, ou seja,
carne que não era salgada ou defumada), o vinho, o vinagre e a aguardente. Alem
de insuficiente, não era cobrado com regularidade e os professores ficavam
longos períodos sem receber vencimentos. Os professores eram mal preparados, já
que eram improvisados e mal pagos. Esta situação de “desastre” perdurou até a
chegada da família real, fugindo de Napoleão na Europa. Mais uma vez a história
da educação muda, desta vez para melhor. Dom João VI abriu academias militares,
escolas de Direito, de Medicina, a biblioteca Real, o jardim botânico e a
impressa Régia.No período Imperial (1821-1888), dois após D. Pedro I declarar a
independência do Brasil ( 7 de Setembro de 19822), foi outorgada a primeira
constituição do Brasil em 1824. O artigo 179 desta lei magna dizia que a “instrução
primária é gratuita para todos os cidadãos”. Em 1823 institui-se o método
Lancaster ou “ensino mútuo”, onde um aluno treinado (decurião) ensina um grupo
de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor. Em 1826 um
Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias ( escolas primárias),
Liceus, Ginásios e Academias.Em 1835 é criada a primeira escola normal do país,
em Niterói, dois anos mais tarde, em 1837 é criado o colégio Pedro II, com o
objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário, mas tal
objetivo não foi atingindo.
No período da primeira República (1889-1929) é
adotado o modelo político americano baseado no sistema presidencialista. Foi um
período marcado por várias reformas e movimentos. Em 1901, o código Epitácio
Pessoa, inclui a lógica entre as matérias, mas retira a Biologia, a Sociologia
e a Moral, pondo com isso, a parte científica acima da literária.
A reforma Rivadária Correa, de 1911, pretendeu que o
curso secundário se tornasse formador de cidadão e não como simples promotor de
um nível seguinte. Retomando a orientação positivista, pregava a liberdade de
ensino. A reforma de Carlos Maximiliano, em 1915, nasce por ser contra a
reforma anterior e reoficializa o ensino no Brasil.
A Reforma de João Luiz Alves introduz a cadeira de
Moral e Cívica, não por achar importante para a Educação, mas sim, para tentar
combater os protestos estudantis contra o Governo.
A revolução de 30 (período da segunda República
1930-1936) foi um grande salto para que o Brasil entrasse no mundo capitalista
de produção, com isso, passou a exigir mão-de-obra especializada e, para isso era
preciso investir na Educação, sendo assim, em 1930, foi criado o Ministério da
Educação e Saúde Pública e, em 1931, o governo provisório sanciona decretos
organizando o ensino secundário e as Universidades Brasileiras ainda
inexistentes. Estes Decretos ficaram conhecidos como a “Reforma Francisco
Campos”.
- O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o
Conselho Nacional de Educação e
os Conselhos Estaduais de Educação
(que só vão começar a funcionar em 1934).
- O Decreto 19.851, de 11 de
abril, institui o Estatuto das
Universidades Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino
superior no Brasil e adota o regime Universitário.
- O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe
sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro.
- O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe
sobre a organização do ensino secundário.
- O Decreto 20.158, de 30 de
julho, organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de Contador e dá
outras providências.
- O Decreto 21.241, de 14 de abril,
consolida as disposições sobre o ensino secundário.
Em 1934 a nova Constituição (a segunda
da República) dispõe, pela primeira vez, que a educação é direito de todos,
devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos. Em 1935 é criada
a Universidade do Distrito Federal com uma faculdade de Educação na qual se
situava o Instituto de Educação.
Já no Estado Novo (1937-1945) é outorgada uma nova
Constituição que enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional. Por outro
lado propõe que o ensino seja livre a iniciativa individual e à associação ou
pessoas coletivas públicas e particulares, tirando do Estado o dever da
Educação. É uma época onde se tem uma distinção entre o trabalho intelectual
para as classes mais favorecidas e o trabalho manual, enfatizando ensino
profissional, para as classes mais desfavorecidas. Neste período, o ensino
ficou composto por cinco anos de curso primário e três de colegial, podendo ser
na modalidade clássico ou cientifico.
Depois do golpe
militar de 1964 muito educadores passaram a ser perseguidos em função de
posicionamentos ideológicos. Muito foram calados para sempre, alguns outros se
exilaram, outros se recolheram a vida privada e outros, demitidos, trocaram de
função. O Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de
sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos;
universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto
com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União
Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e
professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes tem que
estudar" e "não podem fazer baderna".
Neste período deu-se a grande expansão das universidades no Brasil. E, para
acabar com os "excedentes" (aqueles que tiravam notas suficientes
para serem aprovados, mas não conseguiam vaga para estudar), foi criado o
vestibular classificatório. Para erradicar o
analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL.
Aproveitando-se, em sua didática, no expurgado Método Paulo Freire, o MOBRAL
propunha erradicar o analfabetismo no Brasil... não conseguiu. É no período
mais cruel da ditadura militar, onde qualquer expressão popular contrária aos
interesses do governo era abafada, muitas vezes pela violência física, que é
instituída a Lei 5.692, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em
1971. A característica mais marcante desta Lei era tentar dar a formação
educacional um cunho profissionalizante. Dentro do espírito dos
"slogans" propostos pelo governo, como "Brasil grande",
"ame-o ou deixe-o", "milagre econômico". Já no período da
abertura política, em 1986, as discussões sobre educação deixaram de ter valor
pedagógico e passaram a ter valor político. [José Luiz de Paiva Bello 2001].
3. A educação e a tecnologia
Dentre todos os problemas enfrentados na área, tem-se
tentado dar um passo à frente. A Educação hoje vive um novo momento, e com
isso, vem sendo criados programas para acompanhar esse novo caminho. O Programa Um
Computador por Aluno – PROUCA tem como objetivo ser um projeto educacional
utilizando tecnologia, inclusão digital e adensamento da cadeia produtiva
comercial no Brasil.
Aproximadamente 300 escolas públicas já selecionadas nos Estados e Municípios
receberam 150.000 laptops. Cada escola receberá os laptops para alunos e
professores, infraestrutura para acesso à internet, capacitação de gestores e
professores no uso da tecnologia. Tem também o projeto UCA Total, onde será
escolhido seis Municípios brasileiros que terão todas as escolas informatizadas.
Para atender esse projeto foi criado o GTUCA- Grupo de trabalho do Programa
UCA. O grupo é formado por especialistas no uso de TICs (Tecnologia da
Informação e Comunicação) na educação. O ano de 2010 se inicia com a conclusão
do processo de licitação para a compra dos equipamentos, iniciado em dezembro
de 2008. A vencedora do pregão foi a CCE, que aceitou oferecer os laptops a um
custo unitário de cerca de R$ 550,00.
Para receber os computadores, as escolas devem passar
por uma adequação na infra-estrutura e, o mais importante, pela formação dos
professores. Para isso, o GTUCA elaborou um plano de formação que contará com o
apoio das Instituições de Ensino Superior e dos Núcleos de Tecnologia
Educacional dos Estados e Municípios (NTE/NTM). As IES também serão
responsáveis pela pesquisa relacionada ao uso dos equipamentos durante a fase
piloto.
Figura 1. Laptop do projeto UCA.
O equipamento possui as seguintes características:
·
Tela de cristal
líquido de sete polegadas;
·
Capacidade de
armazenamento de 4 gigabytes;
·
512 megabytes de memória;
·
Bateria com
autonomia mínima de três horas;
·
Peso de 1, 5 kg.
3.1 Critérios utilizados para a escolha das escolas
A definição das cerca de 300 escolas públicas que
participam do Piloto do Projeto "PROUCA" coube às Secretarias de
Educação Estadual ou Municipal dos estados e à União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (UNDIME). Todos os estados selecionaram escolas da rede
pública da Rede Estadual e Municipal de ensino nos municípios indicados. Dentre
estes, seis foram selecionados como UCA Total, onde todas as escolas são
atendidas pelo programa.
Cada escola deverá ter entorno de 500 (quinhentos)
alunos e professores;
As escolas deveriam possuir, obrigatoriamente, energia
elétrica para carregamento dos laptops e armários para armazenamento dos
equipamentos;
Preferencialmente, deveriam ser pré-selecionadas
escolas com proximidade a Núcleos de Tecnologias Educacionais - NTE - ou
similares, Instituições de Educação Superior pública ou Escolas Técnicas
Federais. Pelo menos uma das escolas deverá estar localizada na capital do
estado e uma na zona rural;
As
Secretarias de Educação Estaduais ou Municipais de cada uma das escolas
selecionadas deverão aderir ao projeto através do envio de ofício ao MEC
(Ministério da Educação) e assinatura de Termo de Adesão, no qual manifesta-se
solidariamente responsável e comprometida com o projeto.
Para cada
escola indicada, a Secretaria de Educação Estadual ou Municipal deverá enviar
ao MEC um ofício, onde o (a) diretor(a) da escola, com a anuência do corpo
docente, aprova a participação da escola no projeto [MEC, Ministério da Edução].
4. O Computador e a Educação
Embora
sejamos favoráveis a ideia de informatizar escolas trazendo uma forma moderna
na área educacional, não podemos afirmar que a utilização de computadores
atingirá todos os objetivos educacionais. Algumas formas se adaptam melhor a
certos objetivos educacionais, outras podem ser mais bem aplicadas em outras
finalidades pedagógicas. Existe também a preocupação dos professores de que o
computador os afaste dos alunos, e que este, afaste os alunos da leitura.
A
preocupação dos professores de serem trocados por máquinas é grande e tem
sentido segundo o que escreveu o autor John Herriott em um artigo publicado em
Creative computing de abril de 1982 (p.80):
Há uma possibilidade bastante
acentuada de que antes do final deste
século os estudantes venham a receber toda a sua instrução através de computadores,
sem absolutamente nenhum contado com
seres humanos vivos.
O autor Clive Sinclair
compartilha da mesma ideia de Herriot em um artigo publicado em Computing Today, Janeiro de
1983(p.20) o autor escreveu:
Chegará o dia em que os computadores
ensinarão melhor do que seres humanos, porque computadores podem ser bem mais
pacientes e bastante ajustados às diferenças individuais.
Com afirmações tão pessimistas acabou prejudicando
aqueles que procuram a melhor maneira de introduzir computadores na educação
sem prejudicá-la e com isso gerando uma polêmica entre aqueles que acreditam na
ideia de que o computador só vai acrescentar no ensino e entre aqueles que
acreditam que prejudicará e não trará benefício algum para o ensino que por si
só já enfrenta problemas.
Há críticas de quem acredita que o computador possa ter efeitos bastante
positivos sobre o processo educacional, mas questionam sua introdução na educação
alegando que na situação em que o ensino se encontra e num país nas condições
em que o Brasil está o uso do computador não deve ser prioritário ignorando
assim os benefícios que que o computador pode trazer pra área.
O uso da linguagem
de programação surge na educação, portanto, com intuito de ajudar no processo
de aquisição do conhecimento, como citado por LITWIN(1997):
“As
linguagens de programação são incorporadas como conteúdo de ensino no
laboratório de informática, por que são consideradas uma ferramenta que permite
ajudar a melhorar o pensamento e acelerar se desenvolvimento cognitivo, existem
numerosos estudos e pesquisas que em geral, concluem que as crianças podem
adquirir habilidades especificas no raciocínio lógico e de solução de problemas
depois de tê-lo utilizada.” LITWIN (Pg. 89, 1997).
Não podemos ignorar que a maioria das escolas brasileiras tem
instalações inadequadas, não tem recursos para material de consumo e para o
mais elementar material didático. Assim sendo, é possível compreender o
sentimento do mal pago e sobrecarregado professor que, não tendo condições
materiais mínimas para o essencial de seu trabalho pedagógico, reage
negativamente quando vê, de repente, a ameaça - é assim que ele sente - de que,
em primeiro lugar, os minguados recursos de que a educação dispõe venham a ser
desviados para a aquisição e manutenção de caros equipamentos; e, em segundo
lugar, ele venha a ter que investir um pouco de seu já escasso tempo em
aprender a lidar com o computador!
Mas a crítica, freqüentemente, vai muito além de um mero sentimento de
frustração, e se torna um questionamento das prioridades da política social e
educacional brasileira. Portanto,
afirmam os defensores da educação informatizada, junto com a reivindicação de recursos
para mais escolas, para um maior número de professores, e para melhores
condições de trabalho para os professores e de vida e estudo para os alunos.
Há também aqueles que acreditam que o uso de computadores não fará
diferença alguma nas escolas[Eduardo O C Chaves, 1999].
4.1 Como utilizar o computador na Educação
Além de discutir, em princípio, as vantagens e os
benefícios da introdução de microcomputadores na educação, é necessário indicar
algumas das maneiras em que o microcomputador pode auxiliar o processo
pedagógico:
- Instrução
Programada;
- Simulações e
Jogos;
- Aprendizagem por Descoberta;
- Pacotes
Aplicativos.
Instrução
programada é um método de instrução através do qual o microcomputador é
realmente colocado na posição de quem ensina
ao aluno.
Esta é a
forma mais difundida de utilização do microcomputador na educação. É usada em
escolas, em educação industrial e treinamento empresarial, na formação militar,
e em várias outras instituições que possuem objetivos educacionais. Os que
adotam essa forma de utilização do microcomputador na educação o vêem,
basicamente, com um recurso ou auxilio instrucional que facilita o atingimento
de certos objetivos educacionais tradicionais, através de métodos também
fundamentalmente convencionais. Em escolas, essa abordagem freqüentemente
resulta na utilização do microcomputador virtualmente como uma máquina de
ensinar, ou como um sofisticado equipamento audiovisual que ensina fatos,
conceitos ou habilidades aos alunos, dentro do contexto curricular regular da
escola.
Uma
simulação de jogos é um modelo, é algo que pretende imitar um sistema, real ou
imaginário, com base em uma teoria da operação daquele sistema que o simulador
tem em mente. Hoje em dia, microcomputadores já têm a capacidade de simular
sistemas razoavelmente complexos. Eles podem ser programados para responder a
determinadas intervenções de maneiras realísticas e, sem dúvida, podem
processar quantidades significativas de dados.Consequentemente, simulações
pedagogicamente relevantes podem ser programadas de maneira a envolver grande
complexidade e realismo e, dessa forma, gerar considerável interesse. É verdade
que simulações não podem nem devem substituir o contato direto com os fenômenos
naturais nem o trabalho no laboratório. Jogos pedagógicos distinguem-se de
outros tipos de jogos basicamente pelo seu objetivo, seu alvo explícito é
promover a aprendizagem.
Já na aprendizagem por descoberta (Refere-se
às metodologias de organização do processo de ensino-aprendizagem para
facilitar que o aluno descubra os conceitos e princípios atrás de um fenômeno
observado. Trata-se de uma forma de aprendizagem experiencial, podendo, ou não,
incorporar a filosofia do construtivismo) pode-se usar vários artifícios, mas
aqui o foco é a informática então vamos às linguagens de programação voltadas
para área da educação. Há, hoje em dia, várias
linguagens de programação voltadas para a área da educação. Dessas, a mais
antiga e mais famosa é LOGO e a linguagem Scratch inspirada na
linguagem LOGO .
LOGO também é aquela que mais ênfase dá à
aprendizagem, na verdade, à auto-aprendizagem. A filosofia da educação que a fundamenta parte
da ideia de que nem tudo que a criança aprende parte da educação formal, aquela
em alguém a ensina fazer desde a desenhar, fazer contas, reconhecer letras,
enfim, essa filosofia avalia a auto-aprendizagem, partindo da ideia de que
aquilo que a criança aprende criando, praticando, descobrindo alem de construir
uma aprendizagem significativa, é retida por muito mais tempo. É esse tipo de
aprendizagem que a filosofia da educação LOGO pretende que seja incentivado e
desenvolvido com a ajuda da linguagem de programação LOGO [Eduardo O C Chaves, 1999].
Figura 2.
Gráfico produzido com um "tartaruga" Logo.
Já a linguagem Scratch é um
ambiente de programação simples desenvolvida pelo Lifelong
Kindergarten research group no MIT inspirada na
linguagem LOGO. É recomendada para ser utilizada por jovens ou principiantes
que querem iniciar o estudo sobre programação. Além disso, foi desenvolvido
para crianças a partir dos oito anos criarem seus próprios games e animações, e
compartilhá-los na web, muito utilizado, também, no aprendizado de conceitos
matemáticos e computacionais.
A linguagem permite criar uma grande variedade de atividades (jogos,
conteúdo interativo, músicas, dança, arte…). Não é preciso digitar código para
programar com Scratch, eliminando assim, os erros de sintaxe. Os programas
desenvolvidos podem ser compartilhados na Web. A linguagem é gratuita e disponível em português.
Por fim vejamos algo do uso, em contextos
educacionais, de pacotes aplicativos genéricos, como processadores de texto,
gerenciadores de bancos de dados, planilhas eletrônicas. Normalmente, não se
considera o uso desses aplicativos como tendo importante significado
pedagógico. Contudo, muitos educadores e muitas escolas têm concluído que seu
uso não só é uma maneira interessante e útil de introduzir os alunos ao
computador, como é um excelente recurso para prepará-los para o uso regular do
computador em suas vidas. Mas essas ferramentas, ao mesmo tempo em que auxilia,
também preocupa os profissionais da
área, pois com as facilidades que essas ferramentas proporcionam ao aluno
também, de certa forma gera o comodismo, já que o aluno não tem tanta
preocupação com a escrita, uma vez que os editores de texto fazem a correção,
os alunos também não se preocupam em fazer uma pesquisa e assim formar sua
opinião sobre o assunto pedido pelo professor optam pelo ctrl+c e ctrl+c os
famosos copia e cola. Por isso muitos profissionais exigem dos alunos trabalhos
escritos a mão para ter certeza de que, no mínimo, o aluno leu o que copiou,
mas com isso não é difícil de analisar o fato de que é possível driblar o
comodismo e usar o que se tem a seu favor.
5. Conclusão
Embora tenhamos avanços na área educacional ainda temos muito que caminhar.
Não é difícil entender
porque alguns profissionais questionam tanto uma educação informatizada. Nosso
país nunca foi um exemplo na área da educação e, cá entre nós, esta longe de
ser. Não acredito no futuro de um país onde não se tem educação, onde pessoas
recebem misérias do governo para poder comer, não acredito no futuro de um país
onde a educação é discutida só em épocas de campanha, mas que na prática não se
vê resultados. As questões
educacionais só são discutidas em épocas de campanha, aonde o assunto só serve
para agradar eleitores. Se a educação fosse levada a sério e tida como um
assunto de suma importância como realmente é, teríamos uma educação de
qualidade em todas as áreas.
Hoje, números
nos mostram que 36% da população tem o Ensino Fundamental incompleto, 23% da
população tem o Ensino Médio completo e, apenas 10% da população tem Ensino
Superior Completo. Por isso é tão difícil informatizar as escolas, pois o
ensino básico ainda enfrenta problemas. É devido a esses números que muitos se
retraem e não apóiam uma educação moderna, já que a básica enfrenta problemas,
mas se acreditarmos e investirmos, tenho certeza de que esses números vão
mudar, se deixarmos de lado a falta de ânimo a acreditarmos mais no que
realmente é importante teremos uma vitória na área da educação e, com isso, um
futuro melhor.
“Um País é
feito de homens e livros” (Monteiro Lobato).
6.
Bibliografia
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O que é logo?(1999). Disponível em:
. Acesso em 19 de
outubro de 2010.
BELLO,
José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas.
Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, (2001).Disponível em:, acesso em 25 de Agosto de
2010.
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computador por aluno UCA (2010). Disponível em:
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Acesso em: 1 de outubro de 2010.
Revista
Renote.
Novas Tecnologias na Educação. Disponível em:
http://seer.ufrgs.br/RENOTE
Acesso em: 3 de outubro de 2010.
Novas Tecnologias na Educação. Disponível em:
http://seer.ufrgs.br/RENOTE